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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Entrevista da gerente Nicole para o colunista de economia do AN, Claudio Loetz, publicada na edição de final de semana

CARTEIRA DE R$ 100,7 MILHÕES

Badesc tem R$ 100,78 milhões em carteira de negócios na regional de Joinville. Para o setor privado, as transações somam R$ 54,65 milhões. O restante foi financiado para prefeituras e órgãos do setor público. São 178 clientes: 163 da iniciativa privada e 15 da área pública. Os dados são de 30 de setembro.


A demanda por crédito junto à Agência de Fomento de Santa Catarina é superior à capacidade de financiamento. O programa Badesc Cidades é o mais prejudicado neste ano. A grande aposta é o InovaCred, direcionado a aplicar até R$ 2 milhões por projeto.

– Estamos com dificuldades para ter recursos próprios e fazer repasses. A diretoria está buscando dinheiro junto ao governo do Estado para elevar a disponibilidade. Mesmo assim, ainda temos alguma margem para este ano – diz Nicole Santos Philippi, gerente regional de negócios do Badesc em Joinville.

Ela assumiu o cargo neste mês. Formada em administração de empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especializou-se em hotelaria. Trabalhou na área e depois atuou na gerência comercial da Ambev em Santa Catarina por cinco anos, em Florianópolis. Também teve passagem de três anos na área de planejamento estratégico da Celesc. Concursada, está no Badesc desde abril de 2009. Antes de vir para comandar a unidade em Joinville, trabalhava na capital do Estado na análise de risco de crédito.

·         TRÊS PESSOAS X 26 MUNICÍPIOS

– A estrutura do Badesc em Joinville é enxuta. Além do gerente, há dois técnicos, que analisam pedidos de financiamento feitos pelas empresas. O nosso raio de atuação abrange 26 municípios: de Barra Velha, no litoral, até Porto União, no Planalto Norte catarinense.

·         É PRECISO MAIS

– Há clientes em lista de espera na linha Badesc Fomento. Boa parte da grande procura se origina do fato de haver facilidades nesta linha. Por exemplo: os investimentos feitos pelas empresas nos últimos 12 meses podem ser financiados. Isso ajuda em caso de falta de recursos próprios. No BNDES, só os investimentos dos últimos seis meses são enquadráveis para financiamento. É uma linha muito procurada. Precisaríamos ter mais dinheiro.

·         QUEDA EM 2013

– Os negócios do banco, em todo o Estado, cresceram muito em 2011 e 2012. E caíram neste ano. Assim, em 2010, o Badesc aplicou R$ 135 milhões. No ano seguinte, o valor subiu para R$ 334 milhões e passou a R$ 402 milhões em 2012. Mas no ano em curso, o banco emprestou apenas R$ 142 milhões. O recuo acontece, principalmente, porque diminuíram os recursos para o Programa Badesc Cidades.

·         DIVERSIFICAÇÃO

– Em Joinville e região, há diversificação setorial de demandas. Recebemos consultas de diferentes setores econômicos, como plástico, metalmecânico, moveleiro e comércio.

·         APOSTA VEM DA FINEP

– A grande aposta é o programa InovaCred. É um recurso que vem da Finep, com o objetivo de promover pesquisa e desenvolvimento e processos de tecnologia inovadoras. O limite de empréstimo por projeto é de R$ 2 milhões. Os juros são bem atrativos: só a TJLP por ano. Aqui, na regional, recebemos seis consultas por dia.

·         CRÉDITO VIA INTERNET

– O formato do Badesc Fácil permite que empresas menores captem até R$ 100 mil. A própria empresa pode fazer a consulta e, via internet, entregar todos os dados necessários. Se tudo estiver de acordo, e a análise de crédito for positiva, o dinheiro pode ser disponibilizado no prazo de cinco dias. A pulverização na concessão de crédito é a meta.

·         PARA TODOS

– Queremos mostrar que não apoiamos apenas as grandes empresas. Nosso interesse é diversificar o atendimento a diferentes tipos e tamanhos de organizações e atividades. Também vamos estreitar relacionamento junto a associações de classe.

·         COM ESCOLAS

– Outro foco de trabalho é o apoio à inovação. Por isso, também há conversas com Sociesc e Univille para parcerias e acordos para se fazer pesquisas. E mapeamento das necessidades, para orientar o desenvolvimento econômico.

·         BENEFÍCIOS

– Tramita na Assembleia Legislativa projeto de lei que concede benefício adicional a empresas que produzam itens diferenciados não existentes na cadeia produtiva catarinense.

·         FORMALIZAÇÃO

– A formalização da economia auxilia no crescimento. Não emprestamos para os empreendedores informais. Não somos banco comercial. Não pedimos conta-salário, nem contratos de seguro, ou de capitalização, nem reciprocidade. Financiamos o projeto puro.

·         PRODEC PARADO


– O Badesc também faz análise de processos de empresas que pedem enquadramento no Prodec. É um trabalho integrado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável. A assinatura de contratos via Prodec anda parada. Isso acontece porque estão sendo feitas mudanças na legislação. Novos indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios atingem diretamente o cálculo dos incentivos. Em breve, contratos serão assinados.

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