CARTEIRA DE R$ 100,7
MILHÕES
Badesc
tem R$ 100,78 milhões em carteira de negócios na regional de Joinville. Para o
setor privado, as transações somam R$ 54,65 milhões. O restante foi financiado
para prefeituras e órgãos do setor público. São 178 clientes: 163 da iniciativa
privada e 15 da área pública. Os dados são de 30 de setembro.
A demanda por crédito junto à Agência de Fomento de Santa Catarina é superior à capacidade de financiamento. O programa Badesc Cidades é o mais prejudicado neste ano. A grande aposta é o InovaCred, direcionado a aplicar até R$ 2 milhões por projeto.
– Estamos com dificuldades para ter recursos próprios e fazer repasses. A diretoria está buscando dinheiro junto ao governo do Estado para elevar a disponibilidade. Mesmo assim, ainda temos alguma margem para este ano – diz Nicole Santos Philippi, gerente regional de negócios do Badesc em Joinville.
Ela assumiu o cargo neste mês. Formada em administração de empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especializou-se em hotelaria. Trabalhou na área e depois atuou na gerência comercial da Ambev em Santa Catarina por cinco anos, em Florianópolis. Também teve passagem de três anos na área de planejamento estratégico da Celesc. Concursada, está no Badesc desde abril de 2009. Antes de vir para comandar a unidade em Joinville, trabalhava na capital do Estado na análise de risco de crédito.
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TRÊS
PESSOAS X 26 MUNICÍPIOS
– A estrutura do Badesc em Joinville é enxuta.
Além do gerente, há dois técnicos, que analisam pedidos de financiamento feitos
pelas empresas. O nosso raio de atuação abrange 26 municípios: de Barra Velha,
no litoral, até Porto União, no Planalto Norte catarinense.
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É
PRECISO MAIS
– Há clientes em lista de espera na linha
Badesc Fomento. Boa parte da grande procura se origina do fato de haver
facilidades nesta linha. Por exemplo: os investimentos feitos pelas empresas
nos últimos 12 meses podem ser financiados. Isso ajuda em caso de falta de
recursos próprios. No BNDES, só os investimentos dos últimos seis meses são
enquadráveis para financiamento. É uma linha muito procurada. Precisaríamos ter
mais dinheiro.
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QUEDA
EM 2013
– Os negócios do banco, em todo o Estado, cresceram
muito em 2011 e 2012. E caíram neste ano. Assim, em 2010, o Badesc aplicou R$
135 milhões. No ano seguinte, o valor subiu para R$ 334 milhões e passou a R$
402 milhões em 2012. Mas no ano em curso, o banco emprestou apenas R$ 142
milhões. O recuo acontece, principalmente, porque diminuíram os recursos para o
Programa Badesc Cidades.
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DIVERSIFICAÇÃO
– Em Joinville e região, há diversificação
setorial de demandas. Recebemos consultas de diferentes setores econômicos,
como plástico, metalmecânico, moveleiro e comércio.
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APOSTA
VEM DA FINEP
– A grande aposta é o programa InovaCred. É um
recurso que vem da Finep, com o objetivo de promover pesquisa e desenvolvimento
e processos de tecnologia inovadoras. O limite de empréstimo por projeto é de
R$ 2 milhões. Os juros são bem atrativos: só a TJLP por ano. Aqui, na regional,
recebemos seis consultas por dia.
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CRÉDITO
VIA INTERNET
– O formato do Badesc Fácil permite que
empresas menores captem até R$ 100 mil. A própria empresa pode fazer a consulta
e, via internet, entregar todos os dados necessários. Se tudo estiver de
acordo, e a análise de crédito for positiva, o dinheiro pode ser
disponibilizado no prazo de cinco dias. A pulverização na concessão de crédito
é a meta.
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PARA
TODOS
– Queremos mostrar que não apoiamos apenas as
grandes empresas. Nosso interesse é diversificar o atendimento a diferentes
tipos e tamanhos de organizações e atividades. Também vamos estreitar
relacionamento junto a associações de classe.
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COM
ESCOLAS
– Outro foco de trabalho é o apoio à inovação.
Por isso, também há conversas com Sociesc e Univille para parcerias e acordos
para se fazer pesquisas. E mapeamento das necessidades, para orientar o
desenvolvimento econômico.
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BENEFÍCIOS
– Tramita na Assembleia Legislativa projeto de
lei que concede benefício adicional a empresas que produzam itens diferenciados
não existentes na cadeia produtiva catarinense.
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FORMALIZAÇÃO
– A formalização da economia auxilia no
crescimento. Não emprestamos para os empreendedores informais. Não somos banco
comercial. Não pedimos conta-salário, nem contratos de seguro, ou de
capitalização, nem reciprocidade. Financiamos o projeto puro.
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PRODEC
PARADO
– O Badesc também faz análise de processos de
empresas que pedem enquadramento no Prodec. É um trabalho integrado à
Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável. A assinatura de contratos
via Prodec anda parada. Isso acontece porque estão sendo feitas mudanças na
legislação. Novos indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos
municípios atingem diretamente o cálculo dos incentivos. Em breve, contratos
serão assinados.
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