quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Programa Juro Zero contribui para a formalização dos microempreendedores

Florianópolis (9/2/2012) - Durante o ato de assinatura de nove contratos de financiamento da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc) com organizações de microcrédito, que totalizam R$ 14 milhões, foi apresentado para o governador o relatório de operações da Associação das Organizações de Microcrédito de Santa Catarina (Amcred), junto com o relatório do Programa Juro Zero. Em menos de três meses um dos principais programas de incentivo aos empresários catarinenses já realizou 1.595 operações, que totalizam R$ 4.394 milhões em empréstimo. Entre os destaques do programa está a contribuição para a formalização dos microempreendedores individuais (MEIs).

De acordo com o governador esse programa virou uma referência no país, primeiro por tirarmos o juro do empréstimo, segundo por termos o apoio técnico do Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC). "Essa união beneficiou diretamente o microempreededor, que em pouco tempo saiu do mercado informal para o formal, trazendo mais qualidade de vida e desenvolvimento para Santa Catarina”, disse o governador.

Quando o Juro Zero foi lançado, em novembro de 2011, o Estado tinha cerca de 50 mil empreendedores formalizados. “Ultrapassamos a casa dos 60 mil neste mês, muito graças ao Programa”, comemora o diretor do Sebrae/SC, Sérgio Cardoso. “As micro e pequenas empresas são o grande tecido para o desenvolvimento econômico de Santa Catarina”, afirma o secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen.

Segundo informou o presidente da Amcred-SC, Luiz Carlos Floriani, o volume de operações desde 2009, ano em que a associação foi instalada em Santa Catarina, chegou a mais de R$ 1 bilhão, com quase 400 mil operações de crédito. Somente em 2011 foram emprestados mais de R$ 181 milhões em quase 63 mil operações, tendo mais de 440 colaboradores dentro da rede. Hoje Santa Catarina possui 27% de empreendedores formais e 72% informais. “Essa ação faz com que os empréstimos alcance aquele pequeno empreendedor que não tinha possibilidade, hoje, graças a esse programa, têm. O Juro Zero se tornou um programa auto-sustentável”, informou Floriani.

Os recursos contratados serão aplicados no programa Juro Zero e nas demais operações efetuadas pelas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs). “Esses recursos são emprestados para melhorar o negócio, para crescer, para gerar mais emprego trazendo mais renda para as famílias”, informou o presidente do Badesc, Nelson Santiago.

As OSCIPs que receberão os recursos do Badesc:

Extracredi - São Miguel d"Oeste - R$ 2 milhões;
Casa do Microcrédito - Tubarão - R$ 2 milhões;
Credisol - Criciúma - R$ 2 milhões;
Acrevi - Jaraguá do Sul - R$ 1 milhão;
Crecerto - Concórdia - R$ 2 milhões;
Planorte Sociedade de Crédito - Canoinhas - R$ 690 mil;
Banco do Empreendedor - Florianópolis - R$ 2 milhões;
Casa do Empreendedor – Joinville – R$ 2 milhões;
Crediamai – Xanxerê – R$ 300 mil.

O programa Juro Zero é focado nos MEIs e é realizado por meio da SDS e Badesc. O Sebrae/SC também faz parte do programa. “Vamos nos empenhar muito para fazer crescer ainda mais esse modelo de empréstimo, pois é uma forma muito grande de desenvolver a economia do Estado, de gerar empregos e de apoiar quem mais precisa, que são as pequenas empresas”, destacou Colombo.

Juro Zero
O Juro Zero busca incentivar o crescimento do empreendedorismo catarinense por meio de empréstimos de até R$ 3 mil. O empreendedor interessado em obter o financiamento deve estar formalizado e ter receita bruta anual de até R$ 36 mil. Para garantir a vantagem, o microempreendedor deverá pagar em dia as sete primeiras parcelas. Os empréstimos são feitos nas Oscips de cada região.

Para obter o empréstimo, os microempreendedores individuais devem procurar uma das 19 Oscips em Santa Catarina localizadas no município – todos os 293 municípios possuem - e levar CPF, Carteira de Identidade, Comprovante de Residência e o Certificado de Microempreendedor Individual. “No máximo em uma semana, se ele obtiver a aprovação do cadastro, o empresário vai receber o seu recurso”, explica Santiago.

Sabryna Sartott
Secretaria de Estado de Comunicação

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Queda na produção de SC foi a segunda pior do país (DC 08.02)

Redução foi de 5,1% no ano passado, puxada pelos setores têxteis e de máquinas e materiais elétricos

A produção nas fábricas catarinenses caiu 5,1% no ano passado, segundo dados divulgados pelo IBGE ontem. O desempenho só não foi pior do que a indústria do Ceará, que produziu 11,7% menos do que em 2010. E as perspectivas para 2012 não são otimistas para SC.

Os setores que mais puxaram o resultado para baixo foram o de produtos têxteis, com resultado negativo de 17,8%, seguido de perto pelo que produz máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com queda de 17,3%. Em terceiro lugar no desempenho ruim, esteve o de máquinas e equipamentos, que diminuiu 9,6%.

De acordo com o IBGE, o resultado negativo destes três setores é explicado, em grande parte, pelos recuos na fabricação de roupas de banho, refrigeradores para uso doméstico, compressores usados em aparelhos de refrigeração e motores elétricos.

– Em 2009 tivemos uma queda na produção de 7,7% e, em 2010, um crescimento de 6,45%. Com essa diminuição de 2011, praticamente voltamos aos patamares anteriores. E em 2012 devemos ter apenas um crescimento vegetativo – avalia Henry Quaresma, diretor de relações industriais e institucionais da Federação das Indústrias de SC.

Apenas o primeiro trimestre de 2011 foi positivo para a indústria catarinense. A produção aumentou 1,6% no período. A partir de abril, o setor registrou desempenhos negativos consecutivos (veja quadro). A perda de dinamismo da indústria do terceiro para o quarto semestre foi registrado em cinco dos 11 setores acompanhados pelo instituto. O setor de alimentos, tradicionalmente positivo para o Estado, registrou uma queda de 11,2% na produção do último trimestre do ano – período normalmente forte para o setor.

Os setores que se saíram pior no ano, segundo Quaresma, foram afetados por uma demanda menor e por uma migração de parte da produção catarinense para outras regiões.

– SC está perdendo espaço para outras regiões porque não temos uma estratégia para a agroindústria a longo prazo – afirma o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Clever Pirola Ávila.

A expectativa do diretor da Fiesc é de que a indústria registre um crescimento pouco acima de zero no primeiro trimestre deste ano. O desempenho no restante de 2012 depende de fatores como a efetivação de novos investimentos em SC, o aumento das vendas de carne suína para a China e a resolução dos problemas na exportação para a Argentina.

alessandra.ogeda@diario.com.br
ALESSANDRA OGEDA

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Badesc no site www.sc.gov.br

Badesc empresta 288% a mais no começo de 2012

Florianópolis (6/2/2012) - O balanço do primeiro mês de 2012 da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc) superou a expectativa. O banco iniciou o ano com mais de R$ 23 milhões em empréstimo, um aumento de 288% comparado com o mesmo período do ano passado onde emprestou R$ 6 milhões. “Visto que janeiro é um mês atípico devido às férias coletivas, o primeiro mês do ano foi além do que imaginávamos”, destacou o presidente do Badesc, Nelson Santiago.

Durante todo o mês de janeiro foram registradas 38 operações, número superior ao mesmo período de 2011, que registrou 10 operações. O Badesc Microcrédito foi o mais procurado, tendo emprestado R$ 7 milhões. As ações de Microcrédito são operacionalizadas por Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), que recebem recursos do Badesc. Segundo Santiago, “Santa Catarina tem um sistema de microfinanças que equilibra a ação do Estado e a da sociedade”. Com a participação das OSCIPs, todos os municípios são atendidos.

Um dos fatores que colaboraram para o aumento de operações foi a procura por programas ainda não existentes em janeiro de 2011, como as linhas emergênciais do BNDES e do Badesc. O mais procurado pelos empresários catarinenses foi o BNDES PER Emergencial, criado no segundo semestre de 2011. O programa teve 10 operações que totalizaram R$ 2,5 milhões em empréstimos. Já o Badesc Emergencial, também criado no segundo semestre para atender as empresas atingidas pelas chuvas de todos os segmentos e portes, teve 10 operações em janeiro que totalizaram R$ 3 milhões, sendo o segundo mais procurado. O programa possui valor inicial de empréstimo de R$ 30 mil e prazo para pagamento de 30 meses.

As operações do Badesc em 2011 totalizaram R$ 342 milhões em empréstimo, um aumento de 90%, comparado com o ano de 2010. De acordo com o presidente do Badesc, o crescimento no setor público tem como destaque a retirada de exigências como a contrapartida das prefeituras e o aumento do prazo de pagamento de 36 para 48 meses. Já no setor privado, houve um aumento nas linhas de crédito que utilizam recursos do Badesc, como o Badesc Emergencial. Nas linhas já existentes, foram feitas modificações com o objetivo de aproximar a instituição do mercado, como redução de taxas, de exigências documentais e de garantias, tornando os processos mais ágeis.

Serviços
São diversas as formas de se conseguir o crédito pelo Badesc. Os mais procurados, os mais procurados são as linhas de crédito Badesc Microempresa, Fomento e BNDES FINAME, além do Badesc Emergencial. As informações de todas as linhas de crédito estão no site www.badesc.gov.br, e também podem ser obtidas pelo telefone (48) 3216-5000.

Sabryna Sartott
Secretaria de Estado de Comunicação

Aniversariante do dia